A recente notícia sobre o fim do programa 'Faustão na Band' surpreendeu o público e provocou um verdadeiro turbilhão nos bastidores da televisão brasileira. Após uma reunião com Johnny Saad, presidente da Band, e André Aguera, vice-presidente, Fausto Silva recebeu uma proposta que não o agradou. Com a baixa audiência média de 2 pontos do programa exibido de segunda a sexta à noite, seria necessário reduzir ainda mais os custos, incluindo o salário do apresentador.
Desde a sua estreia em 17 de janeiro de 2022, o programa de auditório não conseguiu repetir os impressionantes 8 pontos de audiência da estreia. Ao longo do tempo, os problemas foram se acumulando. Embora tenha começado como um sucesso comercial, com filas de anunciantes e cotas de patrocínio no valor de 20 milhões de reais, os resultados não se traduziram em audiência e lucros. Pelo contrário, resultaram em demissões, reformulações e perda de merchandising.
Diante da proposta de redução de ganhos, estimados em cerca de 3 milhões de reais entre salário e publicidade, Faustão tomou a decisão de deixar o programa, abrindo espaço para seu filho João Guilherme Silva e a jornalista Anne Lottermann preencherem até o final de julho. Esse período seria uma oportunidade para a emissora encontrar uma solução para substituí-lo.
Essa mudança abrupta marca a segunda vez que Fausto Silva se vê em uma situação semelhante. Após 32 anos como líder de audiência com o Domingão do Faustão na Globo, exibido de 1989 a 2021, o apresentador também foi dispensado durante um corte agressivo de custos da emissora. A Globo estava disposta a reduzir os salários altos de suas estrelas. Faustão recebia cerca de 5 milhões de reais e sabia que deixaria a empresa ao final de 2021, quando seu contrato expirasse. Longe de pensar em aposentadoria, ele começou a negociar com a Band, onde havia trabalhado entre 1986 e 1988 no programa Perdidos na Noite. Essa decisão irritou a alta cúpula da Globo, que, apesar da parceria duradoura, o demitiu sem sequer permitir uma despedida pública.
Faustão abraçou a ideia de ter um programa diário na Band, nos moldes do que tinha aos domingos, com a esperança de atrair audiências de dois dígitos para o horário nobre. De fato, seu nome atraiu grandes marcas como Bradesco e Magazine Luiza. No entanto, o programa não se pagou no primeiro ano e gerou um prejuízo estimado em 50 milhões de reais. "As expectativas nunca foram cumpridas", diz um profissional do mercado de TV, que preferiu não se identificar.
Nos bastidores de seu programa na Band, Faustão permaneceu como figura central, mas havia pouca sinergia com a equipe